agosto 10, 2014

The Art of Getting By


Semana passada eu vi um cartaz de um filme que havia sido adicionado recentemente na Netflix e fiquei bastante intrigada. O nome também era curioso, mas a sinopse dizia algo ainda mais interessante. Coloquei o play, mas na minha cabeça eu não estava afim de assistir um filme de oitenta e poucos minutos. Eu não queria ter de me apegar à história e ela simplesmente acabar tão rápido e me deixar com aquela sensação de abandono. 

Eis que hoje eu não tô ligando muito para ser abandonada ou não, então resolvi dar play de novo em The Art of Getting By. Fui cheia de expectativas dado ao que dizia na sinopse e, confesso, o negócio foi ainda mais enriquecedor do que esperei. 

A película se passa na vida de George, um garoto solitário, estranho e que vive em seu próprio mundo. Ele está praticamente numa crise existencial antes dos 20, buscando significado para a vida, já que todos morremos. Ai você pensa "blé, todo mundo passa por isso". Passa mesmo. Mas a gente para para analisar? Seria uma boa né...

Quando perdemos a motivação, o significado, a energia pra vida, o que fazer? A gente olha para todos os lados, observa tentando sugar a ideia da vida de outras pessoas para, quem sabe, se encaixar e se sentir menos perdido no vazio. Então o Universo nos traz algumas coisas. Desafios, em sua maioria, para que aprendamos novas coisas e encontremos sentido, pelo menos nelas. 

No caso de George, o cosmos mandou Sally. Ela o ajudou a sair um pouquinho da vida antissocial, apresentou alguns lugares e, principalmente, um sentimento: amor. Mas ele sentia muito medo de dizer a ela o que sentia. Temos tanto medo das reações das pessoas que ficar parado assistindo o tempo passar é muito mais agradável. Mas só naquele momento, depois vem o arrependimento e o "está tarde demais agora". 


"I was overwhelmed with sadness when I realized that I was going to change and that it was all most likely going to get worse, like a nostalgia for the present."


George e Sally não encontram um sentido para vida. Encontram, na verdade, a ideia de que a vida pode ser longa e que tem sempre o que aprender. Temos que tomar rumos para encontrar caminhos com maiores significados. E sempre encontramos. Mas só quando queremos enxergar e admitir. E o próximo passo, deixar o medo de fracassar e, simplesmente, tentar.

Indico que quem assistir ao filme, assista de mente bem aberta. Não é algo excitante, divertido. E não é para qualquer um ou qualquer momento. Tem de estar apto a observar os detalhes, as entrelinhas e a profunda sensibilidade que há ali. Impossível não encontrar empatia pelos protagonistas e também se encontrar um pouco neles.


Nayla.

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